Pensamento

"A poesia não é mais do que a memória de nossa pureza original". (Tristão de Ataíde)

31 de janeiro de 2011

Programação da S.A.B.:


Roda de Leitura (aberta ao público)


Local: Biblioteca Central

Horário: 19:30h

10.02.2011- Carlos Drummond de Andrade.

24.02.2011- Cecília Meireles.



Roda de Leitura (aberta ao público)

Local: Biblioteca Central

Horário: 19:30h

10.03.2011- Chico Buarque.

Espetáculo de mímica (aberto ao público)

18.03.2011- "Cenas da vida" com o ator Tótila.

Local: Biblioteca Central

Horário: 19:30h



Sarau lítero-musical (aberto ao público)

Dia 28.04.2011- Grupo de poetas da SAB e Jackson Carvalho

Horário: 19:00h

Local: Biblioteca Central



29 de janeiro de 2011

Ilustrador brasileiro quer processar alemão por plágio

               O ilustrador José Luiz Benício, mais conhecido como Benício, 74, tomou um susto na última quarta-feira quando foi avisado, pela internet, de que a capa que desenhou para o disco "Amar Pra Viver ou Morrer de Amor", de Erasmo Carlos, em 1982, foi plagiada na Alemanha. "Faço parte de um grupo de ilustradores na internet e eles que viram. Já coloquei uma advogada para correr atrás disso e ver o que pode ser feito. Minha intenção é fazer um acordo", disse Benício à Folha.
               O acusado de plágio é o MC alemão Morlockk Dilemma, cuja capa do álbum "Circus Maximus", que será lançado oficialmente em fevereiro, é praticamente igual à capa desenhada por Benício nos anos 1980. "Não posso deixar isso acontecer. É um absurdo, ele copiou exatamente a mesma capa que eu desenhei, o fundo, é tudo igual, a essência é a mesma, só mudou a cabeça do cara", diz o ilustrador. Benício é um dos ilustradores mais importantes do país. Ele ficou famoso nos anos 1960 após fazer ilustrações para revistas e cartazes de filmes, principalmente pornochanchadas. É dele o icônico cartaz do filme "A Super Fêmea", com Vera Fischer, nos anos 1970.

Fonte: Folha.com

21 de janeiro de 2011

Márcia Denser - A favorita de Paulo Francis

              Herdeira literária de Oswald de Andrade e Hilda Hilst, a escritora Márcia Denser tornou-se célebre nos anos 1970/80 após o lançamento de "Diana Caçadora" e "Tango Fantasma". Os dois livros lhe renderam os rótulos que hoje ela mesma define como bobagens: musa dark da literatura e escritora favorita de Paulo Francis.  A escritora paulistana, com trinta anos de carreira e uma das melhores fortunas críticas do país (era a preferida de Paulo Francis) – o que equivale a não fazer nenhum ponto na loteria esportiva! –, vem aproveitando sua coluna no Congresso em Foco para mostrar sua insatisfação contra o conservadorismo e o marasmo que, segundo ela, tomaram conta da vida intelectual brasileira nos últimos anos. Não há flagrante porque a sintática de Denser é brilhante, psicodélica, terrível e, ao mesmo tempo, delicada e triste. Não é aí que a polícia do pensamento conservador encontrará algum ilícito. Está tudo na mente, na história, ou, como prefere Denser, no corpo da linguagem.


               Nas histórias de devassidão, amores traídos, bebedeiras, estranhos jogos de sedução, desesperadas reflexões existenciais, construção e desconstrução de personagens – aí mora o crime. Aí encontrar-se-á aquela fundamental subversão, raiz de todo humanismo verdadeiro, que é sempre rebelde e fora-da-lei, visto que sua ética e justiça não podem ser aprisionadas em nenhuma carta constitucional.

Fonte: Publicado originalmente por Miguel do Rosário em 16/07/2007 - http://portalliteral.terra.com.br/artigos/o-humanismo-fora-da-lei-de- enviado por Natan de Alencar

20 de janeiro de 2011

SAB participa da Semana Cultural

              
              Dia 21/1 às 20h os poetas da Sociedade Amigos da Biblioteca, a SAB se apresentam na Biblioteca Central como parte da semana cultural realizada pela Prefeitura. Além de declamação e leitura de poemas haverá também a participação do músico, Jackson Carvalho. Dia 22 a SAB estará colocando um varal de poesias na Praça Princesa Isabel.  

17 de janeiro de 2011

Estação das Artes é palco de debate sobre políticas para Juventude

                O 1º Fórum Metropolitano de Hip e Hop e Juventudes que foi realizado ontem (16-01) na Estação das Artes teve boa participação de membros do movimento Hip Hop da maioria das cidades da região Metropolitana da Baixada Santista e contou com pessoas vindas da capital, do grande ABC como Ribeirão Pires e de Marília no interior do estado. O local escolhido deu um ar de interior para o evento, mas revelou um patrimônio em estado de abandono que é o imóvel da antiga estação ferroviária e que é hoje a Estação das Artes.

              A discussão motivada pela mesa que foi composta pelo diretor da Secretaria de Juventude de São Vicente, Danilo Otto, a membro da Central Única das Favelas de Guarujá – CUFA, Mina Su e o palestrante e também presidente do Conselho de Cultura de Marília Eric Meireles de Andrade girou em torno do desenvolvimento de políticas voltadas para a juventude onde a Cultura Hip Hop tem papel de destaque. Andrade ressaltou a importância da criação de políticas voltadas para o público jovem, mas fez a seguinte observação: “Política pública de Juventude não pode ser um oba-oba. Tem que saber pra onde vai”. O palestrante também citou as dificuldades dos artistas em geral de captar recursos públicos e enumerou como sendo a primeira dificuldade das entidades artísticas a parte da legalização, a segunda a dificuldade seria a montagem de projeto e a terceira a prestação de contas. Eric também lembrou que é muito importante para todos ligados ao movimento cultural lerem o Plano Nacional de Cultura em lembrou da imensa dificuldade que tem o movimento Hip Hop de se unir e disse: “Planejar significa ter acesso”, conta.

              Danilo Otto falou sobre a importância da participação dos jovens nas discussões, pois poucos se interessam e falou dos projetos desenvolvidos em São Vicente voltados para a juventude como o Tubo de Ensaio, Jepom e muitos outros. Mina Su representante de Guarujá falou do trabalho que a CUFA vem realizando na cidade utilizando a arte como inclusão social e mostrou a preocupação do envolvimento dos jovens com o crime e convidou a todos a participarem da CUFA Guarujá.

                                                          Estação das Artes


             O diretor cultural, Joaquim Teixeira, acompanhou os membros do Conselho de Cultura que estavam presentes no Fórum para um passeio pelo local e foram até o outro lado da estação. Foi mostrada as condições do imóvel que se encontra ocioso, somente sendo utilizado como depósito e que necessita de reformas urgentes. Joca como é mais conhecido citou o desejo da Secretaria de Cultura de tornar o local num ponto para eventos culturais

                                                                      

                                                                     Saia justa


            Ao fazer uso da palavra o membro do Conselho de Cultura de Cubatão, Paulo Rodrigues, citou a expressão Cultura de Gueto se referindo ao Hip Hop, o que causou uma pequena saia justa entre os presentes e para os organizadores, mas que não teve maiores consequências.

9 de janeiro de 2011

A escritora Chantal Dalmass dá livros nas ruas de São Paulo

               
                Maria Beatriz Soares é paulista, advogada/USP, escritora e já salvou 3716 livros da fogueira da editora PLANETA e agora doa de graça nas ruas de São Paulo. Já dei pessoalmente 3220 dos 3716 livros que seriam QUEIMADOS pela editora para liberar espaço, em sua operação fatal de "redução/destruição de estoque". Tenho dado tanto ultimamente que até ganhei um título: a GENI LITERÁRIA. Você se lembra da Geni da música? Aquela que dá pra todo mundo.
                Perguntam-me sobre a reação das pessoas nas ruas, durante minhas distribuições gratuitas de livros em São Paulo.Há quem ache arriscado que eu fique lá parada na calçada, dando assim pra qualquer um. Pois eu digo que sinto imenso prazer em dar na rua. Dar livros!Na rua já dei para estudantes e professores, lojistas e camelôs.Dei para o pipoqueiro, o roqueiro, o intelectual.
                 Dei para Talita, a atriz e louca comportada, que fingiu acreditar nas minhas mentiras. Dei para a blogueira Lilian, escritora e leitora voraz. Dei para moças de aparelhos nos dentes, dei para a prostituta e o travesti, dei para o casal de atores Bruna e Ricelli no CINESESC. Dei para o famoso diretor de teatro e para o rapaz fantasiado de Garibaldo; dei para porteiros e seguranças, manobristas, balconistas, ativistas, altruístas, vigaristas...Dei para garçons e jornalistas, o Marcus Vinicius Gomes escreveu sobre mim; dei para o grupo animado a caminho da rodoviária, ficaram de ler o livro durante a viagem.Dei para o ex-ministro, dei em mãos. Político poderoso, dono do mundo. Dei para o esfarrapado, que pode ter vendido o livro ou o trocado por coisa mais útil.
                  Dei para a socialite e ela, muito elegante, guardou os exemplares na sua bolsa de grife. Dei para o orador, dei para o ventríloco, dei para quem não tinha nada a dizer. Dei para poetas, atletas, estetas. Gente bonita e gente feia (apenas dou, sem olhar a quem). Dei para o rapaz que encontrou o livro num banco na rua e pegou; afinal, achado não é roubado. Dei para o leitor que me conhecia desde as primeiras publicações na revista VIP, dei para gente que nunca tinha ouvido falar de mim.
                  Dei para engravatados, tatuados, advogados, desdentados.Dei na porta do jornal FOLHA SP para o músico Alaor, um artista, que simpatia! Dei para mais artistas: Louis e Reynaldo. Dei para o publicitário Ton Figueiredo caminhando apressado na avenida Paulista; primeiro ele resistiu, depois aceitou (e gostou).

                  Dei para a linda atriz de cabeça raspada, presente de uma mentirosa de muito cabelo. Dei para o fotógrafo Paulo Eduardo Passos, que me clicou para o Projeto 100 STRANGERS: 100 ROSTOS, 100 HISTÓRIAS, na praça Benedito Calixto.Dei MILHARES de livros. Dei UMA entrevista: para Fabio Navarro, do Gangrena Diário. Dei para jovens e velhos, só não dei para menores de idade, pois o meu público é adulto. (Também não dei para o mendigo da avenida Paulista, mas apenas porque ele recusou. Fedorento, um caco, o cara passa por mim, pára, olha-me de cima a baixo, e rosna: "Terrorista!". Juro, o mendigo da Paulista me chamou de TERRORISTA. Apropriei-me do título, mais um que ganho nessa vida fácil de dar na rua.)
                  Passada a surpresa de ser abordado por uma mulher dando de graça e desarmada, sempre foi bom para todos. É por essas e outras que pretendo continuar dando nas ruas, dando livros! Vou distribuir pessoalmente cada um dos 3716 exemplares que salvei da fogueira da editora PLANETA. Minhas histórias, ainda vivas e circulando, inspirando paixões, traições, vinganças. Na rua, os livros vão das minhas mãos para as mãos dos leitores. Darei os livros para cada leitor que eu tiver a sorte de encontrar nas filas, calçadas, praças e ruas de São Paulo.

*Texto retirado do blog da escritora (chantaldalmass.zip.net)

8 de janeiro de 2011

Convite

08 de Janeiro – Dia Nacional do Fotógrafo

             
            Comemora-se o dia 08 de Janeiro como o Dia Nacional da Fotografia ou Dia Nacional do Fotógrafo. Mas há controvérsias… Calendários registram 06, 07, 80 e até 09 de Janeiro como Dia do Fotógrafo, Dia da Fotografia, Dia Nacional do Fotógrafo e Dia Nacional da Fotografia. Já no dia 19 de Agosto, comemora-se o Dia Mundial da Fotografia. Também há quem afirme que este é o dia do fotógrafo. E há ainda registros de comemorações no dia 15 de agosto. Já o dia do repórter fotográfico é 02 de Setembro… Controvérsias à parte, foi no dia 19/08/1839 que a fotografia foi anunciada ao mundo oficialmente, em Paris, na Academia de Ciências da França, consagrando o Daguerreótipo, processo desenvolvido pelo francês Louis M. Daguérre. Possivelmente, as datas em Janeiro referem-se à chegada do Daguerreótipo no Brasil, fato que aconteceu no primeiro mês do ano de 1840, exatamente no dia 16.

               Segundo a literatura especializada, foi o abade Louis Compte que trouxe a novidade de Paris para o Rio de Janeiro, e apresentou o daguerreótipo ao imperador D. Pedro II (oficialmente, o Imperador foi o primeiro fotógrafo brasileiro). Porém, segundo o historiador Bóris Kossoy, houve uma descoberta isolada da fotografia no Brasil, pelo pesquisador Hércules Florence, seis anos antes do anúncio oficial do feito de Daguerre… Sem conhecimento das pesquisas na Europa, Florence descobriu a fotografia e foi a primeira pessoa a usar o termo, em 15 de Agosto de 1832, em Campinas – no interior do Estado de São Paulo.

Histórico - Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital



           Com o surgimento da fotografia digital, qualquer cidadão com uma câmera embutida no celular tem a possibilidade de desempenhar o papel antes reservado aos fotojornalistas. O problema central dessa disputa passa por antigos dilemas da fotografia, que ganharam força com a facilidade da préedição e manipulação da imagem. Caso as previsões se concretizem, os fotojornalistas que sobreviverem aos cortes nas redações assumirão um papel diferenciado nos meios de comunicação, executando apenas matérias especiais e convivendo com registros do cotidiano executados por fotógrafos amadores.
            A fotografia surgiu na primeira metade do século XIX, revolucionando as artes visuais. Sua evolução deve-se a astrônomos e físicos que observavam os eclipses solares por meio de câmeras obscuras, princípio básico da máquina fotográfica. A câmera obscura tornou-se acessório básico também para pintores e desenhistas, inclusive para o gênio das artes plásticas Leonardo da Vinci (1452-1519), que fez uso dessa ferramenta e deixou dela uma descrição minuciosa em seu livro de notas sobre os espelhos, publicado muito depois de sua morte, em 1797. Antes dessa data, as observações feitas em 1558 pelo cientista napolitano Giovanni Baptista Della Porta (1541- 1615) também continham uma descrição detalhada da câmera obscura. A publicação do livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalium impulsionou a utilização dessas câmeras, descrita por Della Porta como uma sala fechada para a luz com um orifício de um lado e uma parede pintada de branco à sua frente.
             Com o passar dos tempos, a câmera obscura foi sendo reduzida de tamanho, de modo que artistas e pesquisadores pudessem carregá-la com facilidade por onde andassem. Na virada do século XVII para o XVIII, as imagens feitas por meio de câmera obscura não resistiam à luz e ao tempo, desaparecendo logo após a revelação. Foram vários os pesquisadores que conseguiram gravar essas imagens, mas todos encontravam dificuldades em sua fixação.
              Em 1816, o francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) dava os primeiros passos no caminho do registro de imagens por meio de câmera obscura. Pesquisando um material recoberto com betume da Judéia e em uma segunda etapa com sais de prata, ele conseguiria gravar imagens em 1827. Niépce batizou a descoberta de heliografia. Existem, porém, dúvidas de que Niépce tenha realmente se utilizado do nitrato ou cloreto de prata, uma vez que os documentos que comprovariam essa utilização não são esclarecedores. O professor Mário Guidi tenta entender os motivos:
              “A falta de maiores e mais precisas informações sobre os trabalhos e pesquisas de Joseph Nicéphore Niépce se deve a uma característica, até certo ponto paranóica, de sua personalidade. Vivia suspeitando que todos quisessem lhe roubar o segredo de sua técnica de trabalho. Isto ficará claramente evidenciado na sua tardia sociedade com Daguerre. Também em 1828, quando vai à Inglaterra visitar o irmão Claude, fracassa uma possível apresentação perante a Royal Society. Neste encontro, intermediado por um certo Francis Bauer, Niépce deveria apresentar os trabalhos por ele batizados de heliografias. O evento não se realizou por ter Niépce deixado claro, de antemão, que não pretendia revelar seu segredo”.
              No retorno da viagem à Inglaterra, Niépce conhece em Paris o pintor Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), que trabalhava em um projeto semelhante ao seu, e acabou por associar-se a ele. Daguerre, ao perceber as limitações do betume da Judéia e dos métodos utilizados por seu sócio, decide prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata halógena. Suas experiências consistiam em expor, na câmera obscura, placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas com o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz.
               A pesquisa de Daguerre acabou sendo reconhecida pela Academia de Ciências de Paris, em 19 de agosto de 1839, sendo batizada como daguerreótipo, um método de gravar imagens por meio de câmera obscura. O fato provocou protestos por parte do inglês Willian Fox Talbot (1800-1877. Ele gravava igualmente imagens com câmera obscura, utilizando um processo parecido ao de Daguerre e Niépce, que passou para a história com os nomes de talbotipia ou calótipo. Hippolyte Bayrd (1801-1887 também reivindicou a descoberta, tendo sido responsável pela primeira montagem fotográfica da história, em 1840, quando simulou a própria morte em protesto pelo não-reconhecimento de sua invenção pelas autoridades francesas.
               No Brasil, Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879), um francês radicado na Vila de São Carlos1, pesquisou, entre 1832 e 1839, uma forma econômica de impressão, sensibilizada pela luz do sol e sais de prata, método parecido com os que Niépce, Daguerre e Talbot utilizaram na Europa. Ele chegou próximo a uma descoberta batizada de photographie, seis anos antes que seu compatriota Daguerre em Paris. Hércules Florence, como ficou conhecido no Brasil, obteve ajuda do botânico Joaquim Corrêa de Melo, mas nunca teve suas pesquisas reconhecidas. Inclusive, a palavra fotografia era utilizada por Florence e Corrêa de Melo desde 1832, antes que na Europa, onde, a partir de 1840, o astrônomo John Herschel passou a utilizá-la para unificar as diversas descobertas envolvendo a câmera obscura, no período entre 1827 e 1839.
                Com o anúncio da gravação da imagem por Daguerre na Europa, logo se instituiu uma grande polêmica entre os pintores. Eles acreditavam que o novo método acabaria com a pintura, não admitindo, portanto, que a fotografia pudesse ser reconhecida como arte, uma vez que era produzida com auxílio físico e químico. A prematura discussão com representantes das artes plásticas fez com que pintores resistentes à utilização da fotografia procurassem por uma nova forma de expressão, dando origem ao movimento impressionista, que, aos poucos, encontrou rumo e reconhecimento na história das artes visuais. A discussão retorna, de algum modo, nos dias de hoje, envolvendo duas formas distintas de captação de imagens, a fotografia analógica e a fotografia digital.
              Desde que foi descoberta, a fotografia analógica pouco evoluiu. Permaneceu com seus princípios ópticos e formatos por mais de 100 anos, reinando absoluta na história, como se o processo descoberto pelos pioneiros fosse, de fato, eterno. No século XX, a fotografia passou a ser utilizada em grande escala pela imprensa mundial, em amplas reportagens fotográficas, fazendo aumentar naturalmente a exigência de profissionais que trabalhavam com fotojornalismo. A cobrança por equipamentos mais leves e ágeis despertou nos fabricantes o interesse em investir no setor, provocando uma renovação no mercado e chamando a atenção do grande público para as novidades tecnológicas e as belas imagens que surgiam no dia-a-dia da imprensa mundial.
              A profissão de fotógrafo passou a ser cobiçada em todo o mundo, revelando profissionais altamente qualificados e, até, adorados em vários países, como Brett Weston, Cartier Bresson, Edward Weston, Robert Capa, Robert Frank, Alexander Ródchenko, Pierre Verger e Jean Manzon, entre outros. Esses profissionais formaram uma geração de ouro do fotojornalismo mundial, mostrando muita criatividade e ousadia em suas fotografias, fazendo delas verdadeiras obras de artes, admiradas por milhões de pessoas.
Com o surgimento da fotografia digital, no final dos anos 1980, todo o glamour conquistado pela fotografia analógica tende a entrar em declínio. A evolução dos equipamentos digitais aponta para o aniquilamento gradual da fotografia analógica nos próximos anos.
               Os grandes fabricantes já anunciaram o fechamento de fábricas e a não-confecção de materiais para o amador da fotografia analógica, acabando com o fascínio exercido durante décadas pelos laboratórios fotográficos de revelação e ampliação e transformando a prática tão comum da fotografia analógica em coisa primitiva. Na opinião dos defensores da fotografia digital, a velha forma de captação de imagens sobreviverá apenas na memória de veteranos fotógrafos incapazes de se adaptar às novas tecnologias. A fotografia digital provocou uma ruptura entres os profissionais da imagem, principalmente fotojornalistas, dando origem a três categorias de profissionais no mercado de fotografia: a primeira é formada por veteranos fotógrafos, a segunda, por fotógrafos que vêm acompanhando a morte gradativa da fotografia analógica, e a terceira, por fotógrafos mais jovens, que assistem ao nascimento da fotografia digital.
                 A primeira categoria, a dos fotógrafos veteranos, conhecidos como geração analógica, é formada por profissionais que sempre se dedicaram à velha forma de captação de imagens. Eles encontram grande dificuldade de se adaptar às novas tecnologias. Computadores e programas para tratamento de imagens não fazem parte do vocabulário desses profissionais, que, aos poucos, vão se vendo forçados a uma aposentadoria precoce. Essa geração levanta questões relevantes em defesa da fotografia tradicional e, conseqüentemente, coloca a fotografia digital em plano inferior. As alegações mais freqüentes são que a fotografia digital não inspira confiança e que as imagens armazenadas em disco virtual podem ser apagadas com facilidade. A velha guarda” vê problemas éticos na manipulação e tratamento das imagens, que aumentam as possibilidades de fraudes e de danos aos fotografados, ferindo o código de ética da categoria e colocando em risco uma credibilidade conquistada, principalmente, pelo fotojornalismo.
               O que esses profissionais dizem em relação à manipulação de imagens é importante e deve ser levado em consideração. A fotografia digital é um processo recente e sua manipulação merece regulamentação específica, de modo a evitar transtornos causados por profissionais inescrupulosos que acreditam que tudo é possível para se obter uma notícia em primeira mão. O professor português Jorge Pedro Sousa analisa a tecnologia revolucionária da fotografia digital em relação rapidez no envio de fotos, mas faz comentários interessantes sobre a ética desse processo, no livro Uma história crítica do fotojornalismo ocidental:
               Hoje, a tecnologia já permite a ligação directa das máquinas aos computadores e/ou a interfaces próprios, como modens que permitem o envio rápido das fotos. Porém, alguns casos dos finais dos anos oitenta e princípios dos noventa vieram renovar o debate sobre as fotos e a sua capacidade de referenciar a realidade, evidenciando, igualmente, que as novas tecnologias vão provavelmente destruir de uma vez por todas a crença de que uma imagem fotográfica é um reflexo natural da realidade. As “culpas” recaem sobre a fotografia digital.
               Como meio virtual em que a imagem é transformada em milhares de pulsos eletrônicos, a fotografia digital pode ser armazenada em computadores, disquetes, CD-Rom ou cartões de memórias e, dessa forma, ser transmitida por satélite logo após sua produção, com a ajuda de um computador portátil e telefone. Uma rapidez de que a fotografia analógica não dispõe.
                 No meio desse conflito de idéias encontramos a segunda geração de profissionais do fotojornalismo, que participa ativamente da transição da fotografia analógica para a digital. Essa geração aprendeu por necessidade a conviver com a fotografia digital. São profissionais que se preparam para sobreviver no mercado fotográfico atual, pois dominam a fotografia analógica e buscam conhecimentos na área digital. Conhecimentos que se transformam muitas vezes em verdadeira obsessão, uma vez que esses profissionais têm plena consciência da importância e necessidade do mercado e sabem que somente permanecerão na profissão as pessoas qualificadas.
              A terceira e última categoria é a dos profissionais da chamada geração digital, formada por jovens fotógrafos que acreditam que o equipamento analógico é coisa do passado. Essa geração tem como características o consumismo e o cultivo do descartável, comuns aos dias de hoje. A preocupação em conhecer as técnicas, mesmo que antigas, não faz parte do vocabulário dessa geração de fotojornalistas, que prefere os termos “deletar”, “bits”, “dpi” etc., próprios da linguagem da fotografia digital.
              Além de encontrar resistência por parte da geração analógica (o primeiro grupo), a geração digital acaba também enfrentando a resistência dos profissionais que fazem a transição da fotografia analógica para a digital (o segundo grupo). Os fotógrafos da era digital são acusados de falta de domínio dos métodos e técnicas utilizados na fotografia, como luz, filtros, velocidade do obturador, entre outros. Os equipamentos digitais são em sua grande maioria automatizados, não permitindo ao profissional o controle manual de suas ações. Ainda que existam equipamentos com controle manual, as escolas formadoras desses profissionais optam por adquirir equipamentos automatizados, economicamente mais viáveis.


              A geração digital é facilmente reconhecida em eventos ou coberturas jornalísticas por não utilizar o visor da câmera para fotografar, optando por visualizar a imagem por meio do cristal líquido atrás da máquina. Esses profissionais têm a seu favor a tecnologia, o domínio e manuseio de computadores, programas, scanner e outros tantos recursos oriundos do avanço digital, que permitem a transmissão e tratamento da imagem do próprio local do evento, agilizando dessa forma as coberturas jornalísticas. Além disso, a visualização imediata da imagem captada provoca um outro fenômeno típico da fotografia digital, que é a pré-edição do material.
               Para que tenhamos consciência do problema que a pré-edição pode acarretar, basta relembrar um fato ocorrido em um grande jornal na cidade de São Paulo: acostumado a fazer apenas fotografias digitais, um repórter fotográfico, ao sair com um equipamento analógico para fazer um retrato que ilustraria uma coluna, acabou produzindo oito filmes de 36 poses. Foram ao todo 288 fotogramas para uma única imagem publicada. Não conseguindo visualizar a imagem produzida antes do processamento químico da película, o repórter fotográfico, inseguro, opta automaticamente pela quantidade, como representante legítimo do mundo da foto digital.
             Todos esses questionamentos, com suas verdades e mentiras, devem levar à reflexão e ao debate. A má utilização da fotografia nos dias de hoje acarretará, sem dúvida, enormes prejuízos para a documentação e as pesquisas futuras, comprometendo a memória e a ética da fotografia. O segmento fotográfico em geral e o fotojornalismo em particular se vêem hoje diante de uma oportunidade muito grande de refletir sobre o momento histórico que a fotografia atravessa.
              Há problemas de ordem ética e estética envolvendo a fotografia analógica e digital, há argumentos graves e preocupantes para todos os que buscam a ética e a verdade da fotografia jornalística. Acontecimentos recentes mostram o sério problema da manipulação e fabricação de imagens, de modo a torná-las mais realistas e sedutoras, sem ética, sem escrúpulos. Como no caso da imagem mostrando um fuzil apontado para a cabeça de crianças iraquianas, resultado de manipulação.
                A edição sempre ocorreu com a fotografia, inclusive a montagem. Com o avanço tecnológico, porém, essa prática torna-se mais fácil e comum, podendo interferir na credibilidade, destruindo a memória do fotojornalismo. Sempre é bom lembrar que o material fotografado, quando utilizado numa publicação, passa por mais uma edição, feita pelo editor de fotografia, que selecionará as imagens que julgar em maior sintonia com a linha editorial do veículo. Muitos desses editores selecionam poucas fotografias para compor o banco de imagens de seus arquivos, apagando as excedentes.
                 Esse excesso de edição das imagens, que começa com o fotógrafo em campo e finaliza no editor, preocupa a todos aqueles que usam a fotografia como ferramenta de pesquisa e documentação. Ocorre que as imagens digitais podem ser facilmente apagadas da memória do computador, tanto por um vírus quanto acidentalmente, com um simples comando errado no teclado. No caso da fotografia analógica, a destruição somente se dá por meio de alguma catástrofe, como um incêndio, por exemplo, nos arquivos.
                  Com todo esse avanço tecnológico, faz-se necessário discutir o papel do fotojornalista a partir do surgimento da fotografia digital. O acesso a esse tipo de equipamento se torna cada dia mais comum em aparelhos celulares e agendas de bolso com câmeras fotográficas acopladas. Basta, nesse caso, uma resolução de imagem compatível com as publicações para que qualquer cidadão possa veicular seu material em noticiário escrito e televisivo, provocando uma verdadeira revolução no jornalismo. Casos assim ocorreram recentemente no atentado terrorista de Madri e no terremoto na Ásia.
             Não se pode descartar o digital. Mas também não se pode simplesmente abandonar o analógico, sem qualquer preocupação com o passado, o presente e o futuro. Afinal, o que seria da memória dos séculos XIX e XX se não fossem as fotografias produzidas em negativos, que armazenam até hoje imagens importantes de nossa história? Talvez a melhor solução, neste momento, seja a troca de experiências entre profissionais do analógico e do digital para o fortalecimento da fotografia e do jornalismo.

Referências bibliográficas
AYROSA, Christiane; SEMERARO, Cláudio M. História da tipografia no Brasil. São Paulo: Museu de Arte de S. Paulo e Secretaria de Cultura do Estado, 1979.
ALMEIDA, Chloé Engler. Dos bosques de Viena às matas brasileiras. São Paulo, 1978. Mimeo.
BOURROUL, Estevam Leão. Hercules Florence (1804 – 1879). Ensaio históricolitterario. São Paulo: Typographya Andrade, Mello&Comp., 1900.
BRARD, Pierre. Technologie des caméras: manuel de l’assistant-opérateur. Paris: Éditions techniques européennes, 1969.
CAMPOS, J. Maniçoba Araritaguaba Porto Feliz. Itu: Ottoni Editora, 2000.
DUARTE, Raphael. Campinas de Outr’ora (Coisas de meu tempo, por Agricio). São Paulo, Typographia Anfrade & Mello, 1905.
FERREZ, Gilberto. A fotografia no Brasil, 1840-1900. Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte / Fundação Nacional Pró-Memória, 1985.
FILHO, Francisco Nardy. A Cidade de Ytu. Vs. 1 - 6, São Paulo: Ottoni & Cia, 2000.
FLORENCE, Hércules. L’Ami Des Arts Livré a Lui Même ou Recherches Et Découvertes Sur Differents Sujéts Nouveaux. Campinas, 1837. Manuscrito.
FLORENCE, Hércules. Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas pelas Províncias de S. Paulo, Mato Grosso e Grão-Pará. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo/Secretaria de Cultura do Estado, 1977.
FREUND, Gisèle. La fotografía como documento social. Barcelona: G. Gili, 1986.
GUIDI, Mário Arturo Alberto. De Altamira a Palo Alto: a busca do movimento. São Paulo, Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP), 1991. Tese de Livre Docência.
KOMISSAROV, B. Expedição Langsdorff - Acervo e Fontes Históricas. São Paulo: UNESP e Edições Langsdorff, 1994.
KOSSOY, Boris. Fotografia e história. São Paulo: Ática, 1989.
KOSSOY, Boris. Hércules Florence: 1833, a descoberta isolada da fotografia no Brasil. 2a ed., São Paulo: Duas Cidades, 1980.
KOSSOY, Boris. Origens e Expansão da fotografia no Brasil - século XIX. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1980.
LEME, L.G.S. Genealogia Paulista. São Paulo: Duprat & Comp, 1904.
LISTA, Giovanni. Futurismo e fotografia. Milano: Multhipla, 1979.
MONTEIRO, Rosana Hório. Brasil, 1833: A descoberta da fotografia revisada. Campinas: Instituto de Geociências da Unicamp, 1997. Dissertação de Mestrado.
OLIVEIRA, Erivam Morais de. Hércules Florence: Pioneiro da fotografia no Brasil. São Paulo: ECA/USP, 2003. Dissertação de Mestrado.
OLIVEIRA, Silvio Luiz. “Tratado de Metodologia Cientifica - Projetos de Pesquisas”,
Revista Communicare. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, v. 2, n. 2, 2o semestre de 2004.
SAMAIN, Etienne. O Fotográfico. São Paulo: Hucitec/CNPq, 1998.
SANTOS, N. P. Teixeira dos. A fotografia e o direito do autor. São Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito, 1990.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21a ed., São Paulo: Cortez, 2000.
SILVA, Danuzio Gil Bernardino (org.). Os diários de Langsdorff. Campinas: Associação Internacional de Estudos Langsdorff; Rio de Janeiro: Fiocruz, 1997. v.1-3.
SOUSA, Jorge Pedro. Uma história crítica do fotojornalismo ocidental. Chapecó: Grifos – Letras Contemporâneas, 2000.
VERGER, Pierre. 50 anos de fotografia. Salvador: Corrupio, 1982.

Fonte: http://www.bocc.uff.br/ e http://www.promoview.com.br/

Convite

7 de janeiro de 2011

Concurso Cultural “Eu mereço um futuro” oferece bolsas de estudos profissionalizantes

               “Eu mereço um futuro” é o nome do concurso cultural que contemplará dois estudantes com uma bolsa de estudos parcial durante um ano, para um curso a ser escolhido pelos candidatos vencedores. Organizado pelo site Praia da Polenta, as bolsas são oferecidas por dois patrocinadores, as lojas Mundo Verde Tatuapé e Santana e um patrocinador anônimo. O concurso será realizado em duas fases, que acontecem entre 10 de dezembro de 2010 e 11 de fevereiro de 2011. Podem participar maiores de 18 anos residentes em qualquer cidade do Brasil.
                 Na primeira fase do Concurso Cultural, os interessados devem enviar uma redação de próprio punho, informando o curso que gostariam de fazer e como este curso mudará o seu futuro. As redações devem ser enviadas pelo correio com o assunto “Eu mereço um futuro” para a caixa postal 14.526 – São Paulo/ SP – CEP: 03632-970 até o dia 20 de janeiro de 2011. Cada interessado só pode participar com uma redação. Caso seja enviado mais de um texto, apenas o primeiro será considerado. A redação deverá conter até 30 linhas e estar acompanhada dos seguintes dados do participante: nome completo, RG, CPF, endereço completo, email, telefone fixo e celular para contato, incluindo o prefixo da região, uma foto do candidato e o último boletim escolar (ano letivo 2010) com as notas e faltas. Só terá direito ao prêmio o candidato que enviar todos os dados solicitados.
                 As redações recebidas serão avaliadas por uma comissão julgadora, que selecionará os dez melhores textos. Estes candidatos serão convocados para uma entrevista no dia 1° de fevereiro de 2011 e farão mais uma redação, que deverá ser produzida na hora sobre um tema pré-definido. Desses dez pré-selecionados, dois serão contemplados com as bolsas profissionalizantes. A divulgação dos vencedores acontecerá dia 11 de fevereiro de 2011 no site http://www.praiadapolenta.com.br.cada/ vencedor será contemplado com uma bolsa de estudo parcial pelo período de um ano (ano de 2011), para algum curso de graduação profissionalizante. O valor máximo doado será de R$500,00 por mês, limitado ainda a não ultrapassar 90% do valor da mensalidade do curso escolhido, portanto, o interessado deverá necessariamente arcar com no mínimo de 10% do valor da mensalidade.
                  Se o valor da mensalidade do curso escolhido for inferior ao valor máximo de R$500,00, o interessado receberá a quantia proporcional de 90% do valor da mensalidade, e se o valor da mensalidade do curso escolhido for superior aos R$500,00, o interessado receberá o valor máximo de R$500,00 e deverá arcar com a diferença total do saldo da mensalidade. Mais informações e o regulamento do Concurso Cultural “Eu mereço um futuro” podem ser obtidos no site www.praiadapolenta.com.br.

Sobre o Portal Praia da Polenta

                  A praia da Polenta é mais que uma história de aventura em que tudo deu errado, pois foi a partir da adversidade que começou a diversão. E quem já não teve um dia assim? Por isso, no site www.praiadapolenta.com.br as pessoas podem mostrar por meio de vídeos, “como foi o seu dia de polenta”. Além de ser a principal forma de venda do livro, o portal também serve como um amplo canal de comunicação do autor com os jovens e adolescentes de todas as idades, meninos e meninas. Haverá também colunistas que trarão dicas e que responderão as mais diversas perguntas do mundo teen.

Sinopse do livro “A praia da polenta”

        
        Quando quatro adolescentes resolvem viajar de carro para o litoral tudo pode acontecer. Foi assim que teve início a aventura “A praia da Polenta”. A história verídica mostra que diante das adversidades vividas por quatro amigos durante uma viagem onde tudo deu errado, compartilhar os acontecimentos com os amigos foi a melhor parte do passeio. O medo, os riscos, as dores, os tombos e os arranhões tornaram-se alegres gargalhadas quando divididos com o amigo que não pôde participar da aventura. Melhor do que viver histórias fantásticas é dividi-las com os amigos, e depois ainda ter a oportunidade de voltar ao local dos acontecimentos e mostrar exatamente como tudo ocorreu. Ainda melhor, é agradecer por ter dado tudo errado da primeira vez, pois se tivesse dado certo não haveria história para contar.

Serviço

Livro: A Praia da Polenta
ISBN: 978-85-86183-11-9
Autor: Jefferson de Carvalho
Páginas: 72
Categoria: literatura juvenil
Origem: Nacional
Ano: 2010
Edição: primeira
Preço: R$17,00

5 de janeiro de 2011

5 de Janeiro – Dia da Criação da Primeira Tipografia no Brasil

                Com a vinda de D. João VI e a família Real Portuguesa, houve grande mobilização na colônia para abrigar a corte portuguesa. O Rio de Janeiro, àquela época com um pouco mais de 50 mil habitantes, precisava abrigar os 15 mil que se transferiam e acabou sofrendo uma espécie de "europeização" para tornar-se a capital do império. Uma espécie de revolução cultural aconteceu.  É de 1808 o alvará que pôs em funcionamento o Banco do Brasil - é que a monarquia ia precisar movimentar recursos para se manter.
                Os portos brasileiros foram abertos, surgiu a Biblioteca Real (futura Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro), foram criadas a Escola de Ciências Artes e Ofícios (futura Escola Nacional de Belas Artes) e a Academia Militar, entre outras novidades. Até 1808, fábricas eram proibidas na colônia. D. João assinou o alvará permitindo que fábricas pudessem funcionar. Foi então fundada, no Rio de Janeiro, a "Imprensa Régia". Nesse momento a informação começaria a circular, a princípio nas mãos da corte. Logo viria o primeiro jornal, "A Gazeta do Rio de Janeiro", divulgando toda a informação oficial. Oficialmente, essa é a data da instalação da primeira tipografia no Brasil.

No início, a clandestinidade

             O registro do aparecimento da tipografia no Brasil é pouco preciso, talvez por causa da proibição que vigorava. A proibição dessa atividade estava ligada à própria repressão da manifestação livre do pensamento, reinante naquela época. Imprimir qualquer texto constituía-se num delito grave. O primeiro produto gráfico a circular no Brasil, o Correio Braziliense, era impresso em Londres e entrava clandestinamente no Brasil. Ele circularia até 1822, completando 175 edições. Registros históricos falam de um opúsculo (uma pequena obra, quase um folheto), intitulado Brasilche Gelt-Sack, que teria sido impresso em Recife, em 1634. E também de alguém de nome Antonio Isidoro da Fonseca, que, em 1746, teria inaugurado uma tipografia no Rio de Janeiro, depois fechada pela Carta Régia que proibiu a impressão de livros ou de papéis avulsos na colônia. Ele teria voltado para Portugal juntamente com todo o seu material apreendido, e, posteriormente, em 1750, tentou voltar a abrir a sua tipografia, no Rio de Janeiro.

O que é Tipografia

                Duas novidades de origem chinesa revolucionaram a história da impressão: o papel e a xilogravura (e também xilografia), a fase de impressão anterior à tipografia que consiste em imprimir imagens e textos por meio de pranchas de madeira gravadas em relevo. Seu emprego na Europa começou no século XV, com a ilustração de cartas de baralho e manuscritos de origem religiosa. A tipografia veio logo a seguir, também usando o mesmo método de impressão em relevo. Enquanto na xilotipia, os caracteres ficam presos ao bloco de madeira (como num carimbo fixo), na tipografia as letras são soltas, podem ser trocadas e reutilizadas à vontade.
                A tipografia foi rapidamente difundida, pois trouxe mais velocidade na reprodução. Ao acabarem com a fase de impressão de manuscritos, esses primeiros tipógrafos foram também os primeiros editores, pois encontraram elementos e soluções para facilitar a leitura como tamanhos de linhas, letras, paginação, que vieram a ser padronizados posteriormente.

Primeira gráfica oficial era estatal

              Vários autores registram que, mesmo existindo os equipamentos, depois da criação da Imprensa Régia, em 1808, somente o governo tinha autorização para imprimir. A Imprensa Régia começou a funcionar utilizando dois prelos (as prensas, a parte que faz pressão para imprimir) e 28 caixotes de tipos, apenas para imprimir as publicações reais. A primeira publicação oficial impressa, a Gazeta do Rio de Janeiro, falava sobre a vida administrativa e sobre a movimentação do Reino. Era submetida à censura do palácio e dirigida por um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, Frei Tibúrcio da Rocha.        
               Somente bem mais tarde, particulares obtiveram licença para que suas oficinas gráficas começassem a funcionar, com a criação da Régia Oficina Tipográfica, em 1821. A primeira publicação produzida pela iniciativa privada de circulação no país de que se tem notícia foi A Idade d'Ouro do Brasil, publicada em 1821 pela tipografia de Manuel Antonio da Silva Serva, na Bahia. Quando D. João VI deixou o Brasil, em 1821, começou a ser elaborado o documento que traria a liberdade de imprensa, quando um decreto seu acabava com a censura sobre textos originais, mas ela ainda continuava a existir sobre as provas impressas.
               Foi D. Pedro I quem introduziu no Brasil a liberdade de imprensa, a partir da primeira lei de imprensa portuguesa. Em 28 de agosto de 1821 expressou num aviso: "que não embarace por pretexto algum a impressão que se quiser fazer de qualquer texto escrito".

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

1- PRIMEIRAS IMPRESSÕES - (SÉC. XV – XVI)

                O critério cronológico já determina a raridade da obra. Em meados do século XV, na cidade de Mogúncia, Gutenberg introduz os tipos móveis fabricados em metal. O início da tipografia está ligado à descoberta deste processo. O primeiro livro impresso no mundo data de 1455? – Bíblia de Gutemberg, conhecida como a Bíblia de 42 linhas. Os que se seguiram até 1500 são denominados Incunábulos. É interessante conhecermos algumas particularidades dos primeiros livros impressos.
                Nos incunábulos, os impressores deram continuidade aos costumes dos escribas que iniciavam as suas obras com o Incipit, que significa “aqui começa”, contendo muitas vezes o nome do autor e o título da obra. Outra característica herdada do livro manuscrito é o Explicit, informação que aparece no final dos primeiros livros, fornecendo, algumas vezes, o nome do autor e o título da obra. Significa “aqui termina”. Como podemos observar, as informações sobre o ligar de impressão, nome do impressor e a data de publicação não eram fornecidos. Este fato só ocorreu com aparição do Colofão, palavra grega que significa “traço final”, que além das informações sobre o autor e o título da obra, informava o local, o impressor e a data de publicação. A Divisão de Obras raras da Fundação Biblioteca Nacional possui em seu acervo 216 incunábulos, sendo o mais antigo a Bíblia de Mogúncia impressa por Fust e Schoeffer em 1462.



CARACTERÍSTICAS DOS INCUNÁBULOS

Ausência de página de rosto.

Incipit

? Explicit

Colofão

Caracteres góticos

Textos compactos

Largo uso de abreviaturas

Iluminuras

Xilogravuras

Texto em duas colunas

Não paginados, às vezes folheados

Emprego de glosas

Registros

Assinaturas

Reclamos

Grandes formatos (in-folio)

Texto em latim (3/4 das obras)

Livros litúrgicos (a maioria), literatura antiga e obras jurídicas (1/10 da produção)

Papel de trapo, grosso, desigual e de cor amarelada.

Produção do século XV: aproximadamente 30.000 ou 35.000 edições em cerca de 20 milhões de exemplares.

                Como já vimos, os antigos impressores seguiram o costume dos escribas e por esse motivo verificamos a falta de uma página de rosto com as informações sobre autor, título e imprenta. A página de rosto foi se desenvolvendo devagar, com a evolução do colofão. O traço final foi separado d texto e colocado no início do livro numa página independente. Em meados de 1476 ou 1478, os títulos dos livros começam a ser imprimidos numa página separada. Esse novo hábito se consolidou entre os últimos trinta anos do século XV e o início do século XVI. A partir do século XVI, a imprensa se propaga com grande rapidez e substitui o manuscrito no que se refere aos livros comuns.
                 No final do séc. XV e início do século XVI, a tipografia marcou definitivamente, aumenta o número de adeptos ao livro impresso, e verifica-se o declínio na arte do copista. Muitos dos antigos calígrafos se transformam em impressores. A arte brilhante e alegre da Renascença vai influenciar a apresentação gráfica do livro e da encadernação. A tipografia passa a ser uma arte. Os grandes tipógrafos pertencem aos séculos XV e XVI. Destacamos Aldo Manucio (Veneza), Henri Estienne (França), Christoph Plantin (Antuérpia) entre outros. Os grandes impressores sempre tiveram suas marcas que são como que a assinatura identificadora e autentificadora que acrescentavam aos seus trabalhos tipográficos. Tinham o costume de registrar no colofão ou na página de rosto de suas obras, suas insígnias com florão ou objetos simbólicos. Usavam iniciais justapostas ou entrelaçadas, formando monogramas; criavam emblemas, ornamentos e uma variedade de composições artísticas.
                   Existiam grandes variedades de marcas, representando alegorias, animais reais ou fantásticos, plantas, flores, ordens religiosas, ordens filosóficas, etc. As marcas tipográficas eram geralmente compostas de: Insígnia, Divisa, Monograma. Os ornamentos e marcas de impressores aparecem nas páginas de rosto no século XVI. Também neste século foi instituído o privilégio, concessão outorgada pelo soberano, e a censura, concessão dada pelas autoridades eclesiásticas e governamentais que concediam ao impressor o direito de imprimir uma determinada obra.

TIPOS DE CENSURA

Privilégio

Imprimatur

Nihil Obstat

Licença do Santo Ofício

Licença do Ordinário

Licença Tríplice

O século XVI marcará a passagem na ilustração da xilogravura para a gravura em metal.

2 - IMPRESSÕES DOS SÉCULOS XVII E XVIII

               No século XVII, a edição de uma obra se transforma em indústria e o livro em objeto de comércio. Neste século aparecemos grandes nomes da literatura: Cervantes, Shakespeare, Molière, entre outros. A instalação do estabelecimento oficial para tipógrafos, gravadores, impressores acontece e podemos citar como exemplo: Typographie Royale (França), Oficina da Universidade de Oxford (Inglaterra); Oficina dos Plantin (Antuérpia) e dos Elzevieres (Holanda).
              Os primeiros periódicos surgem com o “Mercure de France” em 1605, e em 1609 o “Avisa relation oder zeitung” (Estrasburgo). No século XVIII, os livros impressos se destacaram mais pelas ilustrações do que pelo texto em si. Os gravadores franceses do século XVIII, além das ilustrações que faziam, contribuíram para a decoração dos livros nas páginas de rosto gravadas, nas cercaduras e letras iniciais, etc.
              O mentor dessa escola de decoração foi Pierre Choffard, como podemos observar na edição dos “Contes de la Fontainne”, 1762, e na “Metamorphoses de Ovídio” impressa entre 1767 e 1771. Com a Revolução Francesa esta escola sumiu quase que totalmente. Na Inglaterra, Jonh Baskerville se sobressai como tipógrafo fabricando seus tipos, como também, o primeiro papel velino.
              O processo de impressão de Baskerville era original em muitos aspectos e tudo era feito com muito cuidado e dedicação. Baskerville influenciou o desenvolvimento da tipografia na Europa, principalmente na obra dos Didot, a famosa família francesa de impressores. Giambattista Bodoni, impressor italiano que muito contribuiu para o progresso da tipografia, no século XVIII, diretamente e por intermédio dos Didot, foi influenciado também com o estilo tipográfico de Baskerville. Não podemos esquecer de citar, neste século, o grande tipógrafo espanhol, Joaquim Ibarra, que sendo tipógrafo do rei de Espanha descobre a maneira de alisar o papel impresso para fazer-lhe desaparecer as pregas e dar-lhe um aspecto mais agradável.



3 - PRIMEIRAS IMPRESSÕES – BRASIL - SÉC. XIX

                 Em relação ao Brasil, sobretudo nos estados, a produção gráfica se desenvolve a partir do Segundo Reinado; por esta razão estende-se o conceito de obra rara até 1841. A topografia oficial no Brasil data de 13 de maio de 1808 com a criação da Impressão Régia, por D. João VI. O primeiro folheto impresso foi “Relação dos despachos publicados na corte pelo expediente da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros.... Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1808 na Impressão Régia”. Até a Independência do Brasil em 1822 a Impressão Régia mantinha o monopólio da imprensa no Rio e Janeiro. A primeira tipografia particular foi estabelecida na Bahia por Silva Serva em 1811. Em Pernambuco, em 1815, Ricardo Fernando Castanho importou o primeiro prelo que só funcionou em 1817 durante a revolução, retornando depois de 1821. A próxima província a adquirir uma tipografia foi o Pará, seguido das seguintes províncias: Ceará; São Paulo; Reio Grande do Sul; Goiás; Santa Catarina; Alagoas; rio Grande do Norte; Sergipe; Espírito Santo; Paraná, etc. 1815.

4 - EDIÇÕES CLANDESTINAS

           As Edições Clandestinas ocorrem por motivos morais, religiosos, políticos ou por pirataria editorial. Através de estudos, constatamos a existência de tentativas de tipografia no Brasil, com os holandeses, Jesuítas, mas certeza temos no Rio de Janeiro em 1747 com Antônio Isidoro da Fonseca, tipógrafo de Lisboa, que realizou seu trabalho imprimindo “Relação da entrada que fez... D. F. Antonio do Desterro Malheyro bispo do Rio de Janeiro... Rio de Janeiro, Na segunda Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, anno de M.CDD.XLVII”.
           Em 6 de julho de 1747, pela ordem Régia – “todas as letras de imprensa, que fossem encontradas no estado do Brasil, e intimava a seus donos e aos oficiais impressores a proibição de imprimirem qualquer livro ou papel avulso, sob pena de serem presos e remetidos para o reino.” Com isso a tipografia de Antônio Isidoro da Fonseca foi seqüestrada e os prelos enviados de volta a Portugal. Qualquer obra que fosse composta no Brasil naquela época teria que ser publicada na Europa ou permaneceria em forma de manuscrito. Como podemos observar, oficialmente, até 1808 todo livro publicado seria considerado edição clandestina. Na Europa, várias obras foram publicadas clandestinamente por motivos políticos e principalmente religiosos.

5 – EDIÇÕES DE TIRAGENS REDUZIDAS

             Edições em papel especial, numerados e geralmente assinados. Podem incluir a indicação do proprietário para o exemplar numerado. Muitas vezes numa mesma edição são usados diferentes tipos de papel, e para cada tipo uma nova numeração. São edições limitadas com um número específico de exemplares, geralmente reduzidos.

6 – EDIÇÕES ESPECIAIS DE LUXO PARA BIBLIÓFILOS

             Edição feita nos moldes dos livros antigos. Papel de boa qualidade, folhas soltas ou em cadernos, ilustradas ou alguma artista de renome, geralmente in folio e colocadas em caixas, com tiragem limitada e podem ter a assinatura do autor.São obras do século XX com as riquezas tipográficas dos grandes impressores dos séculos XV e XVI.

7 - EXEMPLARES DE COLEÇÕES ESPECIAIS EM REGRA GERAL COM BELAS ENCADERNAÇÕES E EX-LIBRIS.

              A Biblioteca Nacional possui em seu acervo diversas Coleções doadas ou compradas. Esses fundos são importantes não só pelo valor literário da obra em si, como também, por fazerem parte de uma Coleção. Diversos são os exemplos que podemos citar: A Real Bibliotheca trazida com D. João Vi para o Brasil, foi a Coleção que iniciou o acervo da Biblioteca Nacional; Coleção Thereza Christina Maria, doada por D. Pedro II, foi a maior doação recebida; Coleção J. A. Marques entre outras. Muitas vezes uma obra não é considerada rara isoladamente, mas o fato de pertencer a um fundo faz com que se torne rara, pelo seu conjunto e pela sua história.

            As Coleções possuem Ex-Libris, ou Carimbos, que geralmente são muito bonitos e colados no verso da capa ou da página de rosto. Os Ex-Libris e Carimbos são marcas de propriedades que irão identificar uma personalidade ou coleção documentando e comprovando sua origem. Podemos avaliar uma obra rara pelo seu valor extrínseco, como as belíssimas encadernações em couro, pergaminho, veludos, gravadas a ouro,com filetes e seixas douradas,etc. As encadernações possuem seus estilos e grandes encadernadores foram e são reconhecidos através dos séculos. Com a descoberta da tipografia a encadernação torna-se mais numerosa, surgindo novas técnicas e materiais.

SÉCULO XV

            Couro estampado, com guarnições de ferro, ou em placas de madeira recobertas de tecidos valiosos.

SÉCULO XVI

              Diminui o uso do tecido e surgem as encadernações em marroquim ou pele similar decorada com ouro. As mais simples são feitas em pergaminho. Um grande encadernador dessa época é Jean Grolier.

SÉCULO XVII

             Predomina o couro decorado com desenhos geométricos. Destacam-se as encadernações em marroquim mate e as com iniciais e pequenos emblemas.

SÉULO XVIII

              Os mosaicos nas encadernações voltam e surge a decoração com estampas.

SÉCULO XIX

             Substituição do couro legítimo por imitações ou tecidos de cor apresentando belo aspecto decorativo.

8 - EXEMPLARES COM ANOTAÇÕES MANUSCRITAS DE IMPORTÂNCIA - INCLUINDO DEDICATÓRIAS

              Dedicatórias dos autores das obras, de reis, governantes ou autógrafos de celebridades.Informações relevantes que esclareçam ou comentem a obra.

9 - OBRAS ESGOTADAS

              Edições consagradas esgotadas e não reeditadas, razão para se considerar rara.Como já colocamos deve-se ponderar, que conforme interesses específicos de bibliotecas e/ou colecionadores, outros critérios podem e devem ser acrescidos. Entretanto a classificação de qualquer obra dentro destes padrões, exige um apoio bibliográfico, i.e., consultas a bibliografias, catálogos especiais com descrição de exemplares, conhecimento de história do livro e outras fontes de informação e referência.

Fonte: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Divisão de Obras Raras. Planor. Critérios de raridade [e] Catálogo Coletivo do Patrimônio Bibliográfico Nacional - CPBN: séculos XV e XVI. Rio de Janeiro: FBN, [2000]. 1 CD-ROM : il. son., color. Sistema requerido: Windows 95. Compact Disc. Sonopress: 17595/00.

Fonte: www.bn.br